A Arquitetura Rococó tem base em um estilo desenvolvido principalmente na Alemanha, Áustria e França. Como pode se ver, são firmes raízes europeias que se espalham por todo o mundo arquitetônico. Embora não se resuma a isso, esse tipo de arquitetura é marcada pelo uso de curvas excessivas e caprichosas. Para a formação dessas curvas, comumente são utilizados elementos como conchas, laços, flores e outros que tragam requinte e elegância ao ambiente.
Um fato engraçado é que, é comum o uso do termo Rococó para tudo o que seja enrolado. Especialmente os mineiros fazem “rococozinhos” nos cabelos das crianças, ou decoram festas com fitas em rococó. Enfim, Apesar de ser quase um termo técnico no mundo da arquitetura, identifica também formas no linguajar popular.
Por ocasião de seu surgimento, o estilo recebeu algumas associações pejorativas. Apesar disso, ou exatamente por causa disso, Arquitetura Rococó trazia uma índole hedonista e aristocrática. Essas características são demonstradas especialmente a partir de temas leves e sentimentais. Além, claro, da predominância das curvas, das cores claras e da assimetria.
Ainda hoje você pode ver traços da Arquitetura Rococó. No Brasil, inclusive, há sinais de sua presença. Há quem aprecie. Há quem ache cafona. Mas, o fato é que ela está aí e compõe a nossa paisagem.
A História da Arquitetura Rococó
Com berço europeu, a Arquitetura Rococó nasceu em Paris na década de 1720 e teve seu auge em 1770. Como uma espécie de reação ao estilo Barroco dominante na época, a aristocracia francesa levou ao topo o Rococó. Foi lá na França que o estilo ganhou suas principais características e se estabeleceu mais firmemente. Mas, de lá, ao ser reconhecida como patrimônio nacional, a Arquitetura Rococó alcançou espaço por toda a Europa. Agora ela não carregava mais os fundamentos de sua criação, mas difundia um estilo que conquistou a Europa e, também, as Américas.
Para os amantes de história, uma informação importante. O século estabelecido como de paz relativa na Europa, ou, o conhecido “Século das Luzes” foi quem recebeu o estilo de Arquitetura Rococó. Depois de um tempo de império Barroco no estilo arquitetônico, o Rococó surge com seu caráter lúdico e edifícios com longas aberturas. Esse espaço e atenção à luminosidade fez do estilo arquitetônico o “estilo da luz”.
No Brasil. a Arquitetura Rococó chegou já no início do século XIX. Para nós ela surgiu em forma de escultura de madeira e pedra-sabão, na pintura mural e na arquitetura. Essas expressões foram adotadas aqui por artistas como José Pereira Arouca, Francisco Xavier de Brito, Manuel da Costa Ataíde e o nosso famoso, e mineiro, Antônio Francisco Lisboa, ou Aleijadinho, como o conhecemos por aqui.
A Principais Características da Arquitetura Rococó
Apesar de ser tão aristocrata quanto o Barroco, o Rococó é também, talvez, o motivo da queda do estilo anterior. Ao contrário do Barroco, na Arquitetura Rococó as bases não são religiosas, mas puramente artísticas. Por ser voltada para a alta classe agora a ideia era atender a uma sociedade com pensamentos de liberdade. Além dos ideais, era também uma sociedade nutrida de bom gosto e prazer.
A autonomia impressa ao estilo arquitetônico Rococó é uma espécie de continuidade da arte barroca. Mas, ao que parece. Mas, essas semelhanças se atêm ao uso da luz e sombras e da composição circular. Entretanto, com seu próprio estilo, a Arquitetura Rococó marcou a era com a utilização de tons pastéis, pela elegância das ornamentações e utilização harmônica das formas curvas.
A ideia de composição era a disposição de cenas leves e líricas. Ao mesmo tempo, o elemento central do estilo era trazido à tona através da utilização de cores e luz. Mas, sempre em tom despreocupado e menos dramático do que o barroco. Quanto a representação, o foco do Rococó era a vida profana da aristocracia e de alegorias.
Escultura Rococó
Na escultura houve um grande rebuliço quando do surgimento da Arquitetura Rococó. Por se tratar de uma preferência e mudança na ornamentação, os escultores logo acharam o seu caminho no estilo. A partir de então, materiais como o gesso e a madeira eram revestidos de formas e cores suaves utilizados para a decoração. Nessa arte, os principais nomes do estilo eram o italiano Antonio Corradini e os franceses Guillaume Coustou, o Jovem e Étienne-Maurice Falconet, além do brasileiro conhecido como o Aleijadinho, aprendiz do português José Coelho de Noronha.
Pintura Rococó
No mundo da pintura os nomes de maior representação foram François Boucher, Antoine Watteau e Jean-Honoré Fragonard. Nesse caso, é possível encontrar duas divisões. Enquanto a primeira se firma sobre uma impressão visual e intimista, a segunda adaptava elementos que faziam parte da decoração monumental de igrejas. Trazendo, assim, o estilo religioso para a ideia da Arquitetura Rococó.
Em meados do século XVIII, o surgimento de movimentos como o iluminismo trouxeram também a queda do Rococó. Dentre os argumentos da crítica estavam a acusação de ausência de propósito moral na Arquitetura Rococó. Por motivos óbvios esse movimento se torno parte da história artística Europeia. Sua importância, inclusive, pode ser sentida na sobrevivência de resquícios do estilo através das eras.