A arquitetura de BH veio com a ideia de ser bem eclética e moderna. Apesar de ser uma cidade pensada para ser totalmente política.
Naquela época, vivia-se uma transformação, sobretudo, econômica devido a abolição da escravatura e a proclamação da república. Afim de mudar esse passado colonial, a ideia na arquitetura de BH era baseado nos países da Europa.
Ignorando tudo que já havia construído, a capital deveria ser feita com traços urbanos de poder inspirados no estilo neoclássico e neogótico.
Siga com a gente para entender mais!
HISTÓRIA!
Primeiramente, o planejamento urbano de BH, pensado pela comissão liderada por Aarão Reis, ignorava os sinais do vilarejo que já existia. Isso envolvia as matas, rios e construções. Com isso, priorizava as formas geométricas para demonstrar o domínio do homem.
Foi assim que eles escolheram o estilo neoclássico e neogótico. Mesmo que um pouco antigo na Europa, a ideia principal dessa escolha foi trazer a modernização para o Brasil.
CARACTERÍSTICAS!
Para quem não conhece, o estilo neoclássico é inspirado na arquitetura greco-romana. As principais características eram: uso de materiais nobres como pedras e mármores nas construções, uso de formas geométricas e cúpulas, volumes corpóreos maciços e bem definidos.
Nesse sentido, essa ideia foi utilizada nos prédios do governo. Acrescentou também símbolos republicanos (como bandeiras e brasões). Além disso, o interior é composto por escadas e muitas pinturas que, em geral, representam deuses gregos. Isso tudo para fortalecer a ideia de poder.
Dessa maneira, ainda hoje podemos observar em algumas construções que se mantiveram, como: o Palácio da Liberdade, Memorial Minas Gerais e Museu Minas e Metal.
Atualmente, muitos desses prédios do governo se transforam em museus. O que é muito importante, pois assim mostram a história além da arquitetura.
Para mais, ainda temos esse estilo na arquitetura civil. Ou seja, as casas e imóveis comerciais eram mais baixos que os prédios do governo. No entanto, possuem um pouco desse estilo variando entre exagero e moderação. Essa variedade era de acordo com o poder econômico do proprietário.
Por fim, o estilo neogótico é mais presente nas construções religiosas. Um estilo originado nas catedrais do norte da França tem como características: verticalidade, vitrais alongados, arcos ogivais, torres ponteadas por pináculos e ornamentação com rosáceas.
Logo, algumas igrejas da nossa capital mineira que possuem esse estilo são: Catedral da Boa Viagem, Igreja São José e Basílica de Lourdes.
Em 1930, temos o avanço da industrialização e o aumento da população na cidade. A capital mineira passou por muitos desafios. Esse crescimento populacional tão desordenado fez com que a cidade precisasse de mudanças. Apesar disso, muitos arquitetos da época ainda mantiveram um pouco desses estilos nas construções dos edifícios. Porém, de forma ainda mais avançada.
CURIOSIDADES!
Se vocês acham que todo esse estilo estava apenas nas construções civis e religiosas, estavam enganados!
Algumas praças de BH também possuem influência dos países europeus. Para quem não sabe, uma praça muito marcante que representa essa ideia é a praça Raul Soares.
Inspirada nos jardins europeus, a praça Raul Soares também leva um pouco do estilo neoclássico quando tratamos das suas figuras geométricas. Ainda, também é baseada nas ideias da art decó (presente na Europa) e da cultura marajoara (presente no Brasil).
Com isso, podemos perceber que as ideias europeias vieram de diferentes formas para o nosso país. Entretanto, ainda é possível identificar a história dos nossos ancestrais (povos indígenas) nas ruas. Afinal, BH transmiti todo o nosso passado através da arquitetura, praças, ruas e bairros da cidade.
Outra curiosidade que define um grande marco na mudança da arquitetura de BH, foi a construção do Conjunto Moderno da Pampulha. Inaugurado na década de 40, a Igreja de São Francisco de Assis é a que mais se destaca desse conjunto.
Projetada pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer, a sua arquitetura é diferenciada. As suas curvas retratam as montanhas de Minas Gerais. Já na sua fachada, temos uma pintura sobre a vida de São Francisco de Assis nos azulejos azuis e brancos, feitas pelo artista plástico Cândido Portinari. E ainda, temos a técnica de mosaico nas laterais, feitas pelo desenhista Paulo Werneck.
Muito diferente do que toda a cidade tinha como referência, tudo isso veio para nos mostrar que a capital mineira adquiriu diferentes estilos.
Isso foi muito relevante para a sociedade, pois mostra a nossa história em tempos diferentes. Legal, não é?
Portanto, podemos perceber que a arquitetura de BH consegue ser tão eclética e, ao mesmo tempo, nos trazer muito conhecimento.
E se você ainda não conhece uma das maiores capitais do país, não perca essa oportunidade! Como o próprio nome já diz, temos belos horizontes para prestigiar a grandiosa capital mineira.
E aí, gostou de saber mais sobre a querida BH? Conheça mais da história nesse post.
